Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus,
que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que
devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se
semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si
mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz!
Filipenses 2:5-8
Filipenses 2:5-8
Um
dia Deus criou o homem. Ele o fez a sua imagem e semelhança. Como um pai que
ama o filho, o Criador passeava com ele em seu jardim e conversavam
constantemente, ensinando e orientando sobre a vida. Mas um dia o homem deixou
de ouvir os conselhos do Pai e passou a permitir que ensinamentos de estranhos
e pensamentos de dúvida permeassem sua mente.
E
a razão de ter se submetido a outras doutrinas, dado ouvidos a voz de
estranhos, acabou por manchar a consciência e a sua pureza original.
Inevitavelmente, afastou-se da presença do seu Pai.
Não
é de se admirar que um adolescente quando se integra a um grupo de jovens que
são envolvidos com drogas, crimes, altera os seus hábitos e seus modos dentro
de casa. Seu comportamento e tratamento com os familiares começam a mudar, pois
os valores e percepções passam a divergir, enfraquecendo, assim, os laços
familiares.
E
pouco a pouco o pai vai perdendo o filho. Nessa caminhada, de um lado, o pai
luta por ele, do outro, o mundo.
A
decisão de se estar, fazer, querer, continuar ou não, nesse caso, é do jovem,
mas enquanto isso há uma inevitável luta travada entre o pai e o agente que o
desmembrou.
Perceba
como é fácil entender e relacionar as duas situações acima. Isso porque, hoje,
podemos identificar como os valores de família estão se perdendo, como a
violência está cada vez mais explícita e não há espaço para a voz da correção.
Parece que o “errado” tornou-se o “correto”.
Cada
vez mais o homem tem buscado extrair do seu entendimento informações que estão
além da sua compreensão, coisas que só o Criador pode explicar. Essa busca
frenética por crescimento, “custe o que custar”, o está afastando cada vez mais
de Deus. Eis o motivo das desventuras, para não dizer “desgraças”, que estamos
vendo atualmente.
Um
rei chamado Salomão possuía uma sabedoria que a nenhum outro homem havia sido
concedida. Mesmo assim, isso não garantiu sua fidelidade para com O Senhor,
pois no final de sua vida, Salomão ainda cometeu terríveis pecados contra Deus.
Uma
sabedoria dada pelo Criador e mais uma vez o filho não deu ouvidos, mesmo
sabendo que se andasse nos caminhos de Deus e guardasse os Seus estatutos e mandamentos,
teria seus dias prolongados.
Muitos
homens têm se empenhado em usar sua inteligência para encontrar a sabedoria que
está nas mentes de pensadores, encharcando-se de teorias científicas. Apenas
teorias. Quando lemos Provérbios 2:6 “Porque o SENHOR dá a sabedoria; da sua boca é que
vem o conhecimento e o entendimento”, assim como
Provérbios 4:5 “Adquire sabedoria,
adquire inteligência, e não te esqueças nem te apartes das palavras da minha
boca”.
Vemos que Deus está advertindo o homem sobre o bom
uso da sabedoria e conhecimento, pois a imprudência com estas ferramentas pode levá-lo
a confiar em suas próprias palavras, deixando de lado os ensinamentos do Pai. “Confie no Senhor de todo o seu coração e não
se apóie em seu próprio entendimento” Provérbios 3:5.
Nem
sempre o homem vai compreender o agir de Deus. Existem mistérios que o homem
ainda não está preparado para ver ou ouvir: “Todavia, como está escrito: "Olho nenhum viu,
ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles
que o amam” 1Coríntios 2:9. O homem em
sua limitação deve reconhecer sua condição de filho, de discípulo, de criatura.
As pessoas costumam complicar a clareza da Palavra
de Deus, buscando detalhes escondidos onde não existem. Basta uma leitura
simples neste trecho bíblico de João 14:6 que diz: “Respondeu Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém
vem ao Pai, a não ser por mim.” Outro versículo muito parecido com
este, consolida essa realidade: “E
conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” João 8:32.
Jesus é o caminho que nos leva ao ponto de origem. Ele
nos leva ao Pai. É preciso conhecer verdadeiramente a Jesus para ser liberto de
si mesmo, do mundo.
Quanto mais o “eu” cresce em nós, menos “Ele” terá
espaço em nossas vidas. Apenas Deus pode preencher completamente as lacunas no
coração do homem. Caso contrário, estará cheio de si, de conceitos limitados,
incompletos, inflados como um “pastel de vento”.
Este pode ser encontrado com facilidade em algumas
lanchonetes. O pastel de vento, geralmente, é procurado por que tem um preço mais
acessível do que os demais. Por fora é robusto, grande, aparenta estar bem
recheado, mas na verdade, dentro não tem nada além do que ar. Quando esfria, o
pastel fica murcho e feio. Não alimenta, apenas engana a fome.
Assim é o homem cheio de si. É como um “pastel de
vento”. Sábio aos seus próprios olhos, soberbo, cheio de títulos, contradizente,
se aproveitam de momentos de euforia. Diferente do homem cheio de Deus que
quando fala, não fala de si. Suas palavras avivam, alimentam a alma, não
enganam, se comprometem com a verdade e não com suas vontades. São dependentes
do Pai.
Os mistérios de Deus não são fáceis, ou talvez possíveis
de se entender. Deus cria o homem, e permite que um caderno com páginas em
branco seja escrito a cada passo, cada escolha feita. Isto se chama livre
arbítrio, o qual o homem na mesma vontade de afastar-se de Deus, pode também
voltar à sua presença. O Senhor, fora do tempo em que vivemos, está em outro
que compreende todos. O passado, o presente e o futuro ao simultaneamente.
Homens cheios de vento questionam a sabedoria e o
amor do Pai, ao tentar induzir erroneamente o pensamento de que Ele cria um ser
sabendo que este vai para o inferno e outro para o paraíso.
O caderno em branco começa a ser escrito, viram-se
as páginas e sabe-se que mais folhas têm para serem preenchidas. Representam o
passado, o presente e o futuro da vida de um homem que está vivendo e fazendo
suas escolhas. Não que Deus estivesse no passado, já sabendo o que viria no
final, mas simplesmente porque Ele abrange todos os tempos. Ele já estava lá e
permite que o homem chegue aonde quer chegar, da forma que quer chegar, da sua
vontade ou abnegando-se.
Estejamos livres para sermos a imagem e a
semelhança daquele que nos criou. Que a cada dia reconheçamos nossa pequenez
diante de Deus. Sejamos cônscios de nossa natureza pecaminosa. E saibamos que
somente através de Jesus podemos voltar às origens (a presença de Deus) para
sermos preenchidos com o que realmente nos completa de forma plena.
Pastéis de vento estão, cada vez mais, ocupando assento
nos espaços políticos, nas igrejas, nas frentes midiáticas. Estejamos atentos
para o que nos foi dito: “Mas o Espírito
expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando
ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; Pela hipocrisia de
homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência”. 1
Timóteo 4.1:2
Que Deus o abençoe.
Seja uma fonte de benção. Compartilhe vida e
libertação. Divulgue este blog.
Por Flademir Bernardo
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