sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Paz em meio a guerra




Porque o SENHOR endureceu o coração de Faraó, rei do Egito, para que perseguisse aos filhos de Israel; porém os filhos de Israel saíram com alta mão. E os egípcios perseguiram-nos, todos os cavalos e carros de Faraó, e os seus cavaleiros e o seu exército, e alcançaram-nos acampados junto ao mar, perto de Pi-Hairote, diante de Baal-Zefom. E aproximando Faraó, os filhos de Israel levantaram seus olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então os filhos de Israel clamaram ao SENHOR. E disseram a Moisés: Não havia sepulcros no Egito, para nos tirar de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos fizeste isto, fazendo-nos sair do Egito? Não é esta a palavra que te falamos no Egito, dizendo: Deixa-nos, que sirvamos aos egípcios? Pois que melhor nos fora servir aos egípcios, do que morrermos no deserto. Moisés, porém, disse ao povo: Não temais; estai quietos, e vede o livramento do SENHOR, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais os tornareis a ver. O SENHOR pelejará por vós, e vós vos calareis. Então disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem. E tu, levanta a tua vara, e estende a tua mão sobre o mar, e fende-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco.  Êxodo 14:8-16

Você já sentiu o cheiro da vitória? Quantas vezes vimos na TV quando corredores preparados estavam prestes a cruzar a linha de chegada, já sentindo o sabor de sua conquista, quando de repente ele cai e o seu concorrente passa na frente dele e vence a corrida? 
O povo de Israel estava, nesse momento, sentindo o cheiro da vitória. Perceba que o Senhor os tinha livrado das mãos e das correntes egípcias. Eles já não seriam mais escravos, estavam livres.
Essa dura conquista parecia tão irreal para alguns incrédulos que muitos ficaram ainda receosos quando viram que Faraó os estava perseguindo. Muitos preferiam as correias, as argolas, estavam “acomodados” como escravos. Segundo a Palavra, no livro de Êxodo, versículo 40, o tempo que os filhos de Israel habitaram no Egito foi de quatrocentos e trinta anos. 
Eles saiam do cativeiro, vencedores, enquanto os egípcios ainda sepultavam seus primogênitos.

Aquele era um momento de honra, de vitória. Eles estavam sendo exaltados pelo Senhor. Deixavam de ser escravos. Tinham motivos de permanecerem felizes, confiantes, seguros, afinal, antes de serem perseguidos por Faraó, eles eram “escoltados” pelo Senhor, manifestado de dia como nuvem que os guiava e protegia do Sol e a noite como coluna de fogo que os aquecia e orientava o caminho, fosse dia ou noite, representavam a Glória de Deus, conhecidas como Shekiná. Aquilo significava não mais açoites, humilhações ou trabalho forçado.

Deus pretendia ser glorificado em Faraó e em todo o seu exército, e por isso endureceu o coração do mesmo para que perseguisse aos filhos de Israel. Ao elevar os olhos, o povo de Deus via a aproximação dos carros e cavalos, temendo muito. Esse ato de elevar os olhos nos traz a idéia de que estavam desatentos, e o fato de terem temido revela a incredulidade e a inacreditável falta de fé que tinham. Passaram a murmurar contra Moisés: “E disseram a Moisés: Não havia sepulcros no Egito, para nos tirar de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos fizeste isto, fazendo-nos sair do Egito? Não é esta a palavra que te falamos no Egito, dizendo: Deixa-nos, que sirvamos aos egípcios? Pois que melhor nos fora servir aos egípcios, do que morrermos no deserto.”  Êxodo 14:11-12

Quanta ingratidão e fraqueza! Estavam diante de um Deus Todo Poderoso, e supervalorizando um mero homem. Parecia que em suas mentes ainda não havia caído a ficha de que eles haviam sido libertos. Deus havia envergonhado o inimigo e eles não entendiam a estratégia do Senhor. Caminhavam no deserto com que esperando algo de ruim acontecer, mesmo presenciando a Glória de Deus.

Trazendo para nossas vidas, quando estamos vivenciando momentos de comodidade, tranqüilidade, momentos de gratidão e comunhão com Deus e então surge um problema ou uma problemática nova, sentimos vontade de olhar para trás, então começamos a buscar meios para dar crédito a voz da dúvida, do medo, da desconfiança (no sentido de incredulidade) de que Deus continua conosco.

Mas a grande questão, meu amado, não foi o medo que o povo sentiu, ou a fé abalada, mas o grande aprendizado é a serenidade de Moisés, o seu equilíbrio ao responder os questionamentos do povo, dizendo: “Não temais; estai quietos, e vede o livramento do SENHOR, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais os tornareis a ver.” Êxodo 14:13, mesmo caminhando com uma grande multidão de 600 mil homens, sem contar as mulheres, crianças e estrangeiros, um total de aproximadamente 2 milhões de pessoas.

Imagine a responsabilidade que estava sobre Moises pela vida de cada um naquele momento, a pressão que ele sofreu daquele povo tão numeroso. Gritos, choro, lamento, no momento em que estavam sendo encurralados.

Moises não olhou para trás, mas olhou para cima e clamou a Deus enquanto se aproximava do mar e o Senhor lhe respondeu: “Então disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem. E tu, levanta a tua vara, e estende a tua mão sobre o mar, e fende-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco.” Êxodo 14:15-16

Não importa o que aconteceu ou o que está acontecendo com você. Não se permita olhar para trás! Não volte às velhas práticas, lembre-se dos tempos com Deus, lembre-se que a Presença de Deus traz paz, segurança, tranqüilidade.

Assim como Moisés se viu diante de um imenso mar, sendo perseguido por Faraó, não tendo para onde ir, ele resolveu clamar ao Senhor, ouvir a voz de Deus e obedecê-lo.

Lembre-se que na bonança, na fartura é “mais provável” o fortalecimento da autoconfiança e enfraquecimento da dependência, como aconteceu com o povo de Deus, que estavam cheios dos despojos do Egito (prata, ouro, vestimentas) e quando surgiu a problemática, esqueceram que o Senhor do Exércitos estava na frente de tudo.
Infelizmente, muitas pessoas buscam ao Senhor desenfreadamente até conseguirem o que almejam e quando conseguem, relaxam, ficam desatentos e autoconfiantes, muitas vezes querendo olhar para trás.

Você pode estar na igreja ou fora dela, pode crer e até não crer em Deus, mas dentro ou fora da igreja, crendo ou não, uma coisa não muda e não depende de você, a fidelidade e o amor que Deus sente por nós. Estaremos sempre seguros com o Senhor.
Precisamos confiar no Pai.

O problema é grande? Deus é maior!

Inspire e transpire Paz. Isto não significa estar sem problemas. Você pode estar cheio de lutas, afrontas e ter paz.
Paz não significa ausência de guerra.

Paz é estar confiante de que independente da situação, alegria, calmaria, tragédia, tristeza, você sempre vai estar olhando para cima, sempre confiando que vai atravessar esse mar, essa situação.
Vai dar certo. Basta olhar para frente e ouvir a ordem de Deus.

E a ordem é: Marche! Avance! Não retroceda!

“Mil poderão cair ao teu lado, e dez mil à tua direita; mas tu não serás atingido.” Salmos 91:7

Paz em meio a guerra.

Que Deus o abençoe.
Seja uma fonte de benção. Compartilhe vida e libertação.


Por Flademir Bernardo



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