sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Meu fardo é pesado


"Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus" ( Mt 5:20 )


Os religiosos vestem-se com túnicas enfeitadas, longos mantos e gostam de expor suas boas ações, anulando publicamente as práticas pecaminosas, por menores que sejam, dando uma “aliviada” na autoconsciência. Propositadamente enganam-se e forjam para os outros um belo testemunho.
Cobram uma santidade inumana e não chegam nem perto de cumprirem essas exigências. É como se o pecado quando revelado no outro, este é abominável, mas quando é consigo, o pecado é irrelevante, é pecadinho. Pecar de forma oculta é melhor do que expor o pecado? Melhor que não pequem. Se quem peca e oculta, acha que pode julgar quem peca e expõe, então ninguém julga o que oculta o pecado?


O ambiente puramente religioso propicia esse baile de máscaras, mas o olhar cristão, ou seja, olhar como Cristo vê, quebra esse paradigma.  Olhar como Cristo, é ver o humano e não constranger o pecador, pois o incômodo vem de si mesmo ao sentir que está sendo alvo de um amor imerecido, e que está sendo observado por alguém que a partir daquele momento torna-se desejado, no sentido de querer estar para sempre perto d’Ele.

Eu admiro as pessoas que sobem no altar, corajosamente, quase todos os domingos, buscando a reconciliação com Cristo, pois esses estão constantemente limpando a casa e não acumulando lixo, pra não dizer “pecados ocultos”. Deve ser normal que seus lábios pronunciem palavras do tipo – “Tem misericórdia de mim!” “Eu não agüento mais ser assim!” “Eu não agüento mais conviver com esse pecado!” “Olha pra mim Senhor!”

Assim, é importante que para que alcancemos o Reino dos céus, confessemos ao Senhor os nossos pecados e não tomarmos o lugar de juízes, pois só há um juiz e este não é julgado. Ele é Santo! Só Ele é Santo!

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